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Europa

Adeus, Santorini. O hotel paradisíaco que está a pôr esta desconhecida ilha no mapa

Fica a poucos quilómetros de distância da famosa ilha grega e não podia ser mais diferente do cenário azul e branco de Santorini.

Esqueça a confusão de Santorini e as multidões que inundam Milos. Por muito tentadoras que sejam as ilhas gregas, há um limite de tolerância para a massificação turística. Esta nova sugestão é perfeita para quem quer descobrir sítios diferentes, sem abdicar do luxo.

Folegandros é o nome que batiza uma das ilhas menos conhecidas das Cíclades gregas. E foi aí mesmo que, em 2024, nasceu o Gundari, hotel destacado pela Condé Nast Traveller como uma das melhores aberturas do ano. E não é para menos.

Tem 30 quartos, ocupa uma área de 100 hectares e foi construído numa reserva natural na costa sudeste da ilha. É um refúgio isolado, com uma vista panorâmica sobre o Mediterrâneo, nascido da mente de Terry Seremitis, australiano com raízes na ilha, em parceria com o amigo Ricardo Larriera.

Viagens e Baratas

Encantados com a crueza e rusticidade da ilha e das suas aldeias paradas no tempo, investiram no projeto que não pertence a qualquer cadeia multinacional. Mas nem por isso lhe falta ambição. Além do destaque da publicação de especialidade, também já ganhou um prémio de design internacional: o de Melhor Resort nos 100% Hotel Design Awards.

A arquitetura e o interior ficaram a cargo do estúdio grego Block722, conhecido por misturar elegância minimalista com materiais brutos. Aqui não há uma overdose dos brancos ofuscantes de Santorini, finalizados com as cúpulas azuis. As paredes são feitas com pedra local, os pisos de mármore não polido e os tons vão dos castanhos terrosos aos brancos suaves. As linhas são simples, a palete é discreta e há um esforço evidente para que o hotel quase desapareça na paisagem.

A maioria dos quartos são subterrâneos e todos têm orientação sul, para evitar os ventos fortes que sopram do norte durante o verão. Nos espaços exteriores há mesas de madeira rústica, duches ao ar livre e espreguiçadeiras voltadas para o Egeu.

Uma das salas de refeição

O hotel tem 25 suites e duas villas à beira da falésia, com três ou quatro quartos. Todas as unidades têm pelo menos 60 metros quadrados e incluem piscinas aquecidas com energia solar. Algumas suites estão literalmente cravadas na rocha e incluem um gira-discos vintage da Pioneer e uma seleção de vinis para os hóspedes. As villas chegam aos 280 metros quadrados, com espaços interiores e exteriores, jacuzzis e vistas panorâmicas de cortar a respiração.

O restaurante principal chama-se Orizon e está a cargo de Lefteris Lazarou, o primeiro chef grego a receber uma estrela Michelin. Serve peixe fresco, legumes da horta biológica do hotel e pratos como risotto de choco ou carpaccio de polvo com fava. Em setembro, será possível escolher diretamente os produtos na quinta que irão compor depois o menu servido no espaço.

O brunch também não foi esquecido: há bowls de açaí, abacate em torradas, ovos escalfados com pesto e loutza, um enchido típico grego. Os cocktails do bar foram criados pelo Line Athens — eleito o melhor novo bar internacional de 2023 — e são servidos tanto no bar principal como no swim-up bar junto à piscina infinita.

Já o spa está escondido nas falésias e oferece tratamentos com óleos da marca grega Olive Era. Tem três salas de tratamento, uma piscina de hidroterapia e uma programação rotativa de especialistas internacionais. Há massagens com compressas de ervas quentes, rituais de aromaterapia e sessões de ioga com vista para o mar.

Quem quiser sair do hotel tem muito para explorar. A propriedade tem uma frota de veículos elétricos e bicicletas para descobrir a ilha. É possível visitar, por exemplo, a aldeia de Chora, fazer trilhos entre as falésias, mergulhar em águas cristalinas ou apanhar o barco privado até ilhas vizinhas como Sikinos e Polyaigos. Uma das experiências imperdíveis é a aula de culinária no restaurante da Yia Yia (tia) Irene, onde há mais de 70 anos se serve comida caseira com alma — como os tomates recheados com arroz.

Ficar por lá não é para todos. Os preços por noite começam nos 650€.

Como chegar lá

Eis que chega a primeira má notícia. Folegandros não tem aeroporto, por isso não se livra de ter que passar por Santorini. Para julho, há voos de Lisboa para a ilha grega, com apenas uma paragem, por cerca de 300€, ida e volta.

Chegado a Santorini, é a vez de apanhar o ferry que liga as duas ilhas. Há viagens diárias, sendo que o preço por pessoa pode variar entre os 7 e os 70€. A viagem tem a duração de uma hora e meia.

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