O sol a brilhar praticamente todo o ano, a gastronomia, que tem uma forte influência italiana, e o facto de ser um dos países com um custo de vida dos mais baratos da Europa torna este lugar o match perfeito para grupos de amigos. E, mais importante: o álcool é incrivelmente barato.
A vida noturna
Apesar de Valeta ser a capital, o melhor local para ficar hospedado durante a estadia é mesmo St. Julian’s, uma das cidades com mais vida noturna, onde é possível também admirar os vestígios da antiga vila de pescadores maltesa. Assim que entrar na zona dos bares e discotecas, vai perceber que a maioria dos estabelecimentos tem, à porta, a informação que todos queremos ler: na compra de uma bebida, recebe outra gratuita.
É a chamada happy hour, mas geralmente não funciona durante apenas uma hora: ali é a noite toda. E a promoção não inclui só cerveja, como também cocktails, desde Pina Coladas a Cuba Libre. Estas bebidas por norma já são relativamente baratas em Malta (cerca de 5€ cada), mas, com estes descontos, ficam a metade do preço. Um cocktail por 2,50€, na Europa, não é algo que se vê todos os dias.
O melhor de tudo é que a oferta não se limita apenas aos bares e cafés. Nas portas das discotecas há sempre pessoas a oferecer aqueles papéis que vão salvar a noite e que permitem beber dois copos pelo preço de um. Além disso, as mais famosas da zona de Paceville, como o Club Havana (a maior discoteca indoor de soul, pop e R&B da ilha), têm entrada gratuita — algo impensável em Lisboa.
Há, contudo, festas que cobram entrada, mas nada excessivo. Para entrar na maior discoteca de Malta, o Gianpula Village, que tem capacidade para cerca de quatro mil pessoas e onde tocam os DJ mais famosos do mundo, paga-se 10€. E até mesmo lá dentro é possível comprar um gin por 5€.
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As praias e piscinas
Além da vida noturna, Malta tem uma beleza natural única, com praias e piscinas naturais em todo o lado. Uma das atividades obrigatórias para quem está de visita ao país, seja numa despedida de solteiro ou não, é a excursão de barco às ilhas Gozo e Comino, Lagoa Azul e Crystal Bay, que custa entre 25€ e 40€ (dependendo da época).
A experiência dura o dia inteiro e permite passar horas a nadar na Blue Lagoon, a melhor piscina natural do país. Com águas cristalinas, o fundo do mar abriga muitas espécies exóticas e plantas nativas da região. Embora seja uma área rochosa (algo normal em Malta, pelo que é melhor levar uns sapatos próprios), encontrará também zonas de areia e uma praia com todo o tipo de serviços para os banhistas.
Para os que preferirem um passeio mais histórico, a excursão inclui três horas para visitar livremente Gozo, a segunda maior ilha do arquipélago e a única habitada, a par de Malta. A beleza natural é tão impressionante que até mesmo Homero se inspirou neste local para escrever “A Odisseia”, que conta como ninfa Calipso reteve Ulisses por sete anos, seduzindo-o numa ilha paradisíaca. O cenário foi usado também para filmar o casamento de Daenerys Targaryen e Khal Drogo, em “Guerra dos Tronos”.
Durante a estadia, se o grupo estiver interessado em passar o dia a apanhar sol e mergulhar, outro dos pontos de interesse é a St. Peters Pool, um dos recantos mais bonitos de Malta. Não é propriamente uma praia, já que não tem areia, mas os mais corajosos saltam das pedras diretamente para a água. Para os que preferem uma entrada mais tranquila, há escadas que o levam diretamente ao mar — mas cuidado com as medusas, que gostam de aparecer com regularidade.
Apesar de poucas, as praias de areia também existem. Uma das mais conhecidas é a Golden Bay, no extremo noroeste da ilha, com um enorme areal dourada que conquista os locais e turistas.
Assistir ao pôr do sol também deve fazer parte do roteiro e um dos locais-chave para o fazer é no Café Del Mar, um beach club com piscina infinita, que tem feito sucesso nos redes sociais. Este, sim, já é um lugar com preços de turista, uma vez que é preciso pagar entre 20 a 30€ para passar lá o dia todo. O que poucos sabem é que, a partir das 19 horas, mesmo na altura do pôr do sol, a entrada deixa de ser paga.
Mesmo não sendo uma cidade com uma vida noturna tão animada como St. Julians, Valeta também merece uma visita. Os seus 55 hectares de extensão abrigam mais de 300 monumentos turísticos e é mesmo daquelas localidades que nos faz sentir que estamos num filme.
Com uma arquitetura essencialmente barroca, uma das marcas da capital são as curiosas varandas coloridas, que se destacam no exterior. A natureza militar e defensiva de Valeta também deixou a sua marca na arquitetura da cidade e o Forte de São Telmo é o exemplo mais representativo disso mesmo. Todos os dias, às 12 e às 16 horas, os canhões das muralhas disparam simbolicamente para homenagear os defensores da capital, um momento onde se reúnem dezenas de turistas.
É também a partir de Valeta que pode apanhar um pequeno barco (2€ por pessoa) que o vai levar até às chamadas “Três Cidades”. Senglea, Vittoriosa e Cospicua. Esta área serviu de refúgio e lar dos diferentes povos que conquistaram Malta ao longo da sua história.
Apesar de ser uma ilha relativamente pequena, estas atrações estão longe umas das outras, pelo que é preciso deslocar-se de transportes ou de carro regularmente. Há vários autocarros que percorrem a ilha, mas, para grupos grandes, a melhor alternativa é mesmo o Uber ou a Bolt, que há em abundância e a preços simpáticos: uma viagem numa carrinha com oito lugares custa, geralmente, entre 15€ a 30€, o que dá menos de 4€ por pessoa.
Outra opção é alugar um carro, mas, tendo em conta que ali se conduz pela esquerda, como no Reino Unido, pode não ser boa ideia.
Como lá chegar
Bastam apenas três horas de voo para chegar ao paraíso. Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta (sem escalas) desde 84€. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos a partir de 80€ e 178€, respetivamente.
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