Europa

O hotel onde as suites de luxo têm jacuzzi exterior com vista para as montanhas dos Alpes

O Glacier fica na vila alpina de Grindelwald. No inverno, a paisagem parece saída de um postal de Natal.
É um sonho.

Seja no verão ou no inverno, a Suíça vale sempre uma visita. É um dos destinos com maior diversidade paisagística do mundo, com vistas repletas de montanhas, rios de águas azul-turquesa, palácios e castelos nas suas enseadas. Durante os meses mais frios, as montanhas pintam-se de branco e parecem saídas de um postal de Natal, principalmente as dos Alpes berneses.

É precisamente num dos cenários mais bonitos da Suíça que fica o Hotel Glacier, com vista para a montanha Eiger, com 3970 metros de altitude, e uma das mais emblemáticas dos Alpes suíços. Localizado na vila alpina de Grindelwald, o refúgio de quatro estrelas é um paraíso para quem procura sonha dormir rodeado de neve.

Em tempos, o chalé de madeira abrigava ovelhas nos seus estábulos e recebia hóspedes em regime de Bed & Breakfast. É um dos hotéis mais antigos da região e a sua origem data de 1864, quando o gelo dos glaciares Unterergletscher e Oberergletscher servia apenas para refrigeração. Quando os homens que cortavam e transportavam os blocos de gelo eram os visitantes mais frequentes da zona, a estrada que liga Interlaken a Grindelwald terminava mesmo em frente ao hotel.

Apesar de não se saber ao certo quem terá mandado construir o Glacier, um dos proprietários foi Christian Burgener, autarca da vila entre 1864 a 1888. O hotel e o celeiro foram criados em meados do século XIX com o intuito de alojar os primeiros visitantes da região: os trabalhadores do gelo, juntamente com os seus cavalos. Mais tarde, o glaciar Unterergletscher tornou-se uma atração turística e a vila de Grindelwald passou a receber cada vez mais turistas.

O hotel foi comprado por Samuel Elie Jaquiéry em 1903. Nessa época, a unidade hoteleira familiar já dispunha de instalações modernas (como aquecimento central, luz elétrica e banheiras) e tinha a sua própria pista de gelo ao ar livre no inverno.

A Primeira Guerra Mundial fez com que os turistas deixassem de visitar a região. Em 1915, o governo suíço chegou a proibir a construção de mais hotéis para evitar que a concorrência entre os que já existiam se tornasse mais feroz. A lei esteve em vigor até 1952 e, aos poucos, após o final da guerra, a economia hoteleira da zona foi recuperando, mas o pior ainda estava para vir. 

Em 1933, Marie Graf-Bally começou a administrar o negócio sozinha, mas devido à necessidade de reforma urgente do edifício, acabou por falir durante a Segunda Guerra Mundial. Durante esse período, o Hotel Glacier servia de alojamento para os soldados.

Mais tarde, em 1945, o celeiro foi utilizado para a prática de luta livre suíça e no primeiro andar funcionava uma sala de música. Na altura, o proprietário, Adolf Kaufmann-Schindler, fez várias ampliações ao prédio. Em 1989, o Glacier tornou-se novamente um hotel de serviço completo. Ganhou dois novos andares construídos sobre 17 pilares e ficou com a aparência exterior típica de um chalé.

Mais recentemente, em 2017, os novos proprietários Justine e Jan Pyott começaram a recuperar o Glaciar, com o objetivo de o trazer para o século XXI. Deram início às obras de reabilitação, acrescentaram um novo salão e restaurante, adicionaram um spa e mais quartos. Tornou-se assim um hotel boutique de quatro estrelas com 28 quartos com um design moderno, pisos de madeira e muita luz natural.

A unidade hoteleira homenageia os trabalhadores do gelo, a história e todo o património turístico de Grindelwald. O nome remete para o famoso glaciar que ficava perto do alojamento e que, entretanto, foi derretendo ao longo dos anos. “Mais do que um hotel, é um lugar cheio de vida”, que mantém um raro equilíbrio entre o conforto de um lar e o serviço de uma unidade hoteleira de luxo. “Somos uma casa longe de casa com um ambiente de montanha inconfundível”, escrevem no site. Os Alpes estão refletidos nos murais únicos, os troncos sustentam mesas de vidro, uma lareira moderna acende-se na biblioteca e as paredes de vidro fazem com que as montanhas pareçam ainda mais próximas.

O Glacier, conta apenas com 28 quartos e suites e prima pela intimidade. Algumas das tipologias, como os quartos Eigerview, têm terraços privativos voltadas para a montanha Eiger. Em dezembro de 2021, foi inauguradas as suites de sonho: os Glacier Signature Room têm um jacuzzi privativo ao ar livre e uma vista deslumbrante.

Contudo, estas suites não são os únicos locais onde pode relaxar: também o pode fazer na área de spa. É lá que fica outro jacuzzi ao ar livre (com água a 37 graus durante todo o ano), sauna cercada por troncos, um lounge com camas de água e uma área fitness. O hotel conta ainda com salas de reuniões, de jogos e cinema, restaurante e bar. A zona exterior inclui uma piscina aquecida infinita com vista para as montanhas.

Se gostava de ver os Alpes suíços cheios de neve, ainda vai a tempo de fazer uma reserva para este inverno. Os preços começam nos 348€ (por noite em quarto duplo) e, caso queira ficar na suite com jacuzzi privativo exterior, prepare-se para pagar, pelo menos, 800€ por noite. As reservas podem ser feitas através do Booking.

Como lá chegar

Para chegar ao Hotel Glacier, primeiro terá de apanhar um avião até Basileia, na Suíça. Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta desde 40€. Quando chegar ao centro da cidade, terá de apanhar três comboios: o primeiro até Berna; o segundo até Interlaken West; e, por fim, o último comboio levá-lo-á até Grindelwald. O hotel fica apenas a uns minutos a pé da estação.

De seguida, carregue na galeria para ver as incríveis fotografias do Hotel Glacier.

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