Em construção há mais de uma década e com a inauguração a ser adiada por vários motivos, parece que o Grande Museu do Egipto, perto das pirâmides de Gizé, já começou a receber visitantes — mas ainda não abriu totalmente.
O ambicioso projeto, que representa um investimento de mais de mil milhões de euros, começou por abrir 12 das suas salas. Desde quarta-feira, 16 de outubro, que estas alas podem receber até quatro mil visitantes por dia. Esta pré-abertura do museu servirá como um teste para os responsáveis identificarem possíveis problemas operacionais antes da abertura oficial, cuja data ainda não foi anunciada.
Quando o concurso internacional foi lançado, há mais de 20 anos, o objetivo era construir o maior museu arqueológico do mundo. O arranque estava inicialmente previsto para 2012, mas o projeto foi adiado várias vezes por motivos financeiros e complicações de política interna.
Mais de mil artefactos de tesouros antigos do Egipto vão estar expostos no espaço museológico, de acordo com o site de informação do Estado egípcio. Por enquanto, é possível visitar as exibições nas 12 salas que abordam a sociedade, a religião e a doutrina do antigo Egipto. Todos os salões foram classificados por dinastia e ordem histórica e cada um tem, pelo menos, 15 mil artefactos expostos. As galerias principais vão desde o Reino Antigo (2649-2130 a.C.) até ao Terceiro Período Intermédio (1070-664 a.C.).
“É uma mensagem importante de que podemos recuperar as nossas antiguidades, que estão espalhadas por vários países”, disse Ali Abu Dshish, membro da União de Arqueólogos Egípcios, durante a inauguração das salas.
O busto de Nefertitti, na posse do Neues Museum de Berlim, e a Pedra de Roseta, exposta no Museu Britânico de Londres, são algumas das obras famosas que o país procura reaver. A grande escadaria de seis andares com vista para as pirâmides, assim como a zona comercial, já estão abertas ao público, exibindo monumentos e artefactos que incluem sarcófagos e estátuas.
Outras partes do museu, incluindo a coleção de tesouros do Rei Tutankhamon, serão inauguradas posteriormente. Quando estiver aberto na sua totalidade, será, como previsto inicialmente, o maior museu arqueológico do mundo, com 500 mil metros quadrados. “É um presente para o mundo inteiro”, diz Eissa Zidan, responsável pela conservação do espaço.
A entrada no museu custa 22€ por pessoa. Os bilhetes podem ser comprados online.
Como lá chegar
O aeroporto mais próximo do museu é o de Cairo, a capital do Egito, que fica apenas a cerca de 20 quilómetros de distância. Para chegar ao destino, encontra bilhetes de ida e volta desde 231€, com partida de Lisboa. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos a partir de 224€ e 271€, respetivamente.
