Com uma mistura de culturas e tradições milenares, paisagens intocadas e animais selvagens, a África do Sul é possivelmente um dos destinos mais completos do continente africano. Não é propriamente um país conhecido pelas suas cascatas, mas não significa que não existam estas maravilhas naturais que atraem todo o tipo de viajantes.
Além da Cidade do Cabo, uma metrópole cosmopolita e a mais antiga da África do Sul, e de Joanesburgo, há outra localidade que também merece estar no roteiro — principalmente para quem prioriza umas férias no meio da natureza. Falamos de Mpumalanga, considerado um dos lugares mais geograficamente diversos e incrivelmente bonitos do país.
É uma das portas de entrada para o famoso Parque Nacional Kruger, um dos maiores santuários de fauna selvagem do mundo. Com a pressa de fazer um safari e avistar os chamados “Big 5”, a maioria dos turistas acaba por não passar grande tempo nesta localidade, sem imaginar que esconde alguns dos tesouros mais incríveis da África do Sul.
Mpumalanga, que significa “Lugar do Sol Nascente”, oferece uma série de atrações, desde paisagens panorâmicas nas montanhas, vales imponentes, lagos, rios e cascatas. Uma das melhores formas de mergulhar na diversidade natural da província é através da Rota Panorama, uma roadtrip que percorre Mpumalanga e inclui várias paragens para observar canyons, cascatas e florestas.
É numa dessas paragens que se encontra uma das quedas de água mais altas do país, que chama a atenção dos portugueses não só pela altura, mas pelo nome. A mais de 11 mil quilómetros de distância de Lisboa, encontra-se, no outro lado do mundo, a Lisbon Falls. A atração natural, assim como a Berlin Falls, foi assim batizada em homenagem à identidade original dos mineiros que foram para a região em busca de ouro no final do século XIX.
Situada no Lisbon Creek, um afluente da margem direita do rio Blyde, esta imponente queda de água é a mais alta da região, com 94 metros de altura. Do topo da falésia, a água desce através de dois riachos distintos.
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A queda de água pode ser avistada a partir de um miradouro de madeira, a poucos passos de um parque de estacionamento. Para quem prefere vê-la mais de perto, terá de fazer uma caminhada de cerca de meia-hora. É uma descida íngreme, mas pelo caminho avistam-se as várias piscinas que se formam ao longo deste afluente do rio.
A zona da cascata, localizada nos arredores da cidade floresta de Graskop, oferece ainda locais com sombra para fazer piqueniques e é um dos spots para recuperar o fôlego depois de todas as paisagens deslumbrantes da Rota Panorama. É um dos grandes destaques na área do Blyde River Canyon (o terceiro maior canyon do mundo), especialmente entre os meses de outubro a março, quando a corrente é mais forte.
Já a Berlin Falls, em homenagem à capital da Alemanha, eleva-se 80 metros acima de uma piscina circular e tem a forma de uma vela. Outro dos locais imperdíveis ao longo da rota é a Janela de Deus, que oferece uma vista panorâmica de Lowveld, a mais de 900 metros de altura. O caminho até lá é cercado por uma floresta tropical com árvores cobertas de musgo e pequenos riachos.
O The Pinnacle, uma formação rochosa com 80 metros de altura que se destaca no meio da vegetação da região, é outro dos destaques do percurso, assim como a Mac Mac Falls, uma cascata onde a água cai de 70 metros de altura.
Como lá chegar
Para fazer a Rota Panorama, o melhor a fazer é mesmo alugar um carro logo no aeroporto de Joanesburgo. Se partir de Lisboa, encontra bilhetes de ida e volta desde 563€. Caso apanhe o avião no Porto ou em Faro, há voos a partir de 586€ e 555€, respetivamente.
Carregue na galeria para conhecer a imponente Lisbon Falls e outros destaques da Rota Panorama.
