As filas à porta do Go Chef, em Frielas, não enganam. O porquê explica-se em quatro palavras: all you can eat. No novo espaço em Loures pode comer todo o marisco, sushi ou carne que quiser (ou conseguir) por 14,95€.
Aberto desde 6 de março, o espaço já é um sucesso. “Aos fins de semana é uma correria”, admite Lulu Chen. A chinesa de 40 anos sabia que isto poderia acontecer quando decidiu juntar-se a mais dois sócios nesta aventura. “Um dos meus colegas tinha aberto um Go Chef em Coimbra e correu ainda melhor do que esperavam. Este ano queria replicar o conceito por Lisboa e contactou-me. Como já tive restaurantes mais pequenos, achei que estava na hora de crescer e aceitei”, conta.
Lulu mudou-se para Portugal quando tinha apenas 14 anos. A família queria mudar de vida, investir e encontrar estabilidade. Ao fim de mais de duas décadas, Chen é uma empresária de sucesso. Começou pelo negócio das lojas generalistas e depois expandiu a sua área de ação para a restauração, com conceitos asiáticos, mas “nada nesta escala”.
A proprietária não está a exagerar quando compara os tamanhos dos negócios. Grande é certamente o melhor adjetivo para descrever o espaço que encontrou em Frielas — tem mais de 1000 metros quadrados e consegue sentar cerca de 400 pessoas.
Com os candeeiros, mesas, cadeiras e outros elementos que vieram diretamente da China, conseguiram montar um espaço cheio de luz, cor, apontamentos modernos e arte nas paredes. Os néons também transmitem um ambiente industrial que já existia no primeiro espaço da cadeia, enquanto os apontamentos verdes das plantas realçam as cores das comidas que ali servem.
De segunda a sexta-feira, os preços dos almoços começam nos 7,95€ para miúdos e nos 14,95€ para adultos. Ao jantar entre segunda e quinta, os preços sobem para 9,95€ e 17,95€, respetivamente. À sexta-feira, a refeição tem um valor mais elevado para os adultos: 19,95€. O mesmo valor é aplicado aos fins de semana. As bebidas não estão incluídas nestes valores — são pagas à parte.

Ali há dezenas de estações com propostas diferentes, da comida portuguesa ao sushi, passando pelo marisco ou várias formas de confecionar ovos. Além dos pratos já preparados, existe uma área de grill onde as carnes e os legumes são cozinhados na hora. Pode começar com umas peças de sushi, continuar com uns crepes chineses ou gyozas e optar por um prato tipicamente nacional para fechar. No entanto, há quem lá vá de propósito para comer sapateira, percebes, ostras, santolas ou camarões. Outros viram-se para os pratos italianos, feitos sempre na hora.
“Temos uma cozinha aberta, muito grande, com uma equipa com mais de 45 elementos, que trabalham à frente dos clientes. Acho que esta característica foi muito bem conseguida, porque os clientes têm adorado ver como confecionamos os pratos”, diz Lulu.
Os fãs de queijos e enchidos vão encontrar o paraíso no meio da sala, onde preenchem uma bancada só sua. E é fácil dar com o local, porque há presuntos pendurados à sua volta.
Para finalizar a refeição, no que toca a sobremesas, sistema é o mesmo: muita oferta, sem limites. “Há bolos, gelados e muitos doces tradicionais feitos por nós e outros, como os pastéis de nata e os macarrons, encomendados a pasteleiros da região. A grande aposta e na variedade.”
Para acompanhar, com um valor pago à parte, os clientes podem escolher entre refrigerantes (2,20€), sangria branca e tinta (9,90€) e vinhos, escolhidos à carta, das várias regiões do País. Os pedidos das bebidas podem ser feitos aos funcionários, mas as entregas normalmente são feitas por robots, para ajudar a dar “conta do recado”.
“Queremos que venham cá e encontrem os pratos que gostem, comam tudo o que quiserem. O único pedido que temos é que evitem o desperdício”, conclui.
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