Há vários anos que se fala na construção de um hotel de luxo no Centro Cultural de Belém (CCB), um dos grandes polos de atividades culturais em Lisboa. Estávamos em março de 2023 quando o projeto que prevê a ampliação do edifício foi aprovado pela Câmara Municipal, tendo sido lançado, em outubro, o concurso público internacional.
Alguns meses depois, o Grupo Alves Ribeiro foi selecionado para liderar os trabalhos de modernização e expansão na qual se insere a criação da unidade hoteleira, no âmbito do projeto New Development 2023. Sabe-se agora que a abertura do chamado Quarteirão das Artes do Centro Cultural de Belém está prevista para julho de 2029, com a empresa a assinar contrato na terça-feira, 15 de julho. O investimento das obras ronda os 80 milhões de euros.
A par do hotel de luxo com cerca de 161 quartos, o plano prevê a construção de um aparthotel com 126 unidades e uma área de comércio e serviços, numa área total com cerca de 32 mil metros quadrados. Estas novidades vão nascer nos módulos 4 e 5, que estão a ser pensados há 30 anos, ampliando assim a capacidade do edifício atual.

As receitas dos empreendimentos poderão ser utilizadas para “aumentar a qualidade da oferta cultural”, adiantou o presidente da Fundação CCB, Elísio Summavielle. Além disso, este “projeto estratégico irá dotar a cidade de Lisboa de uma nova centralidade”.
Os novos módulos do CCB deverão ser concessionados durante 65 anos, mediante o pagamento de uma renda anual, anunciou este sábado, 12 de julho, o CCB. Durante o período de construção, a renda ficará fixada em 350 mil euros. Depois disso, passarão a ser propriedade da Fundação CCB de forma gratuita, havendo sempre a possibilidade de renovação do contrato de concessão.
Esta não é a primeira vez que o Centro Cultural de Belém lança um concurso para a construção dos dois módulos adicionais. Isso tinha sido feito em 2018. O objetivo também era receber uma galeria comercial e alojamentos. No entanto, não houve interessados, em parte devido ao valor da renda de 300 mil euros (que passava para 900 mil euros quando estivessem finalizados).
