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Lojas e marcas

Brava: a nova marca nacional com peças em linho “para todas as gerações”

Com uma paleta de cores neutra, Victoria quer oferecer peças que perduram no tempo. As coleções terão sempre tecidos naturais.

A primeira lição de moda de Victoria Kather foi-lhe transmitida pela mãe. Quando iam às compras, a missão era sempre encontrar peças que sabiam que continuariam a usar nos anos seguintes. “Quando cresci, senti vontade de voltar a essa filosofia. Queria ter a roupa básica que todos precisamos.”

A missão nem sempre era fácil, sobretudo quando a isto juntava o desafio de encontrar propostas em materiais nobres, como o linho. Cansada de procurar nas lojas, muitas vezes sem sucesso, decidiu que queria meter mãos à obra e criar uma marca que fosse “um ponto de encontro” para quem partilha esse desejo. 

Foi este projeto que trouxe a designer chileno-americana, de 26 anos, até ao nosso País. “Estava a estudar design de moda em Nova Iorque e sabia que Portugal tinha um mercado têxtil enorme”, recorda. “Queria saber mais sobre a indústria, mas já vim com o objetivo de empreender algo.”

Victoria acabou por ficar e trouxe o seu gosto por moda intemporal para a Brava, uma nova marca onde tudo é feito em Portugal “de forma responsável”. A primeira coleção, intitulada Chapter One, foi lançada a 19 de março e inclui propostas clássicas, neutras e feitas 100 por cento em linho.

“O objetivo não é seguir trends, mas optar por um design tão intemporal e que permita que cada pessoa faça o styling da forma que prefere”, continua. “São coleções para todas as gerações, que pode ser usada por alguém com 25, 40 ou 60. Estou a voltar ao que a moda era antigamente.”

Victoria pretende lançar coleções sazonais, mas adianta que a linha de estreia, “que foi maior do que estava previsto”, inclui peças que vão existir sempre no universo da marca. “Não sei se o próximo lançamento será 100 por cento inverno, mas terá outro tipo de propostas.” 

Além disso, tem vontade de trabalhar outros materiais nobres e tecidos naturais, não se limitando apenas ao linho, “que fará sempre parte da identidade” da Brava.

O branco é a cor predominante.

Entre os bestsellers, a fundadora já destaca as saias “que são perfeitas para qualquer tipo de pessoa”, assim como os vestidos com decote em halter. “Muita gente adora porque tem um design super elegante e perfeito para o verão.”

Todas estas propostas são produzidas num atelier em Aveiro com o qual Victoria mantém uma relação muito próxima. Quanto ao linho, é produzido no norte de França, mas a designer compra a matéria-prima a uma empresa portuguesa que fornece os melhores materiais possíveis.

Quanto ao nome da marca, explica, “foi a parte mais difícil”. “Queria que funcionasse em português, inglês e espanhol”, revela. “Gosto do significado de Brava porque, em espanhol, identifica uma mulher apaixonada e irreverente, o que representa todas as mulheres da minha vida.”

Para garantir a exclusividade e evitar o excesso de produção, todos os modelos são feitos sob encomenda. “Não temos inventário porque, numa fase inicial, não queremos sentir o stress e a pressão para vender muito.”

“A nossa preocupação é, acima de tudo, criar brand awareness e deixar para trás o fast fashion, voltar ao que a moda era antes desta loucura”, conclui. “É importante incentivar as pessoas a comprar com intenção, comunicar essa missão e, daqui a dois ou três anos, iremos perceber como aumentar as vendas.”

A primeira coleção da Brava já está disponível online. Os preços variam entre os 110€ e os 180€.

Carregue na galeria para conhecer algumas das propostas.

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