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Circulação nos elevadores da Bica, Lavra e Graça está suspensa

O pedido foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas. Serão realizadas vistorias aos equipamentos.

Horas após o acidente com o Ascensor da Glória, que aconteceu ao final da tarde desta quarta-feira, 3 de setembro, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ordenou a suspensão dos elevadores da Bica e do Lavra, bem como do funicular da Graça. As empresas municipais responsáveis terão que realizar vistorias aos equipamentos antes de poderem voltar a receber passageiros.

Nos próximos dias, a par desta avaliação, irá decorrer uma investigação para apurar as causas da tragédia no ascensor, que faz a ligação entre os Restauradores e o Bairro Alto. O balanço é de 15 mortos e, pelo menos, 23 feridos, um aumento face aos 18 inicialmente reportados pelas autoridades.

Num comunicado enviado pela Carris às redações pelas 20h26 desta quarta-feira, a empresa afirmou que “foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos”. Adiantou ainda que “têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária”.

“Há 14 anos que esta manutenção é assegurada por uma empresa externa. Neste momento nem sabemos se foi um problema de segurança”, acrescentou à imprensa, pelas 21h20, o presidente da Conselho de Administração da Carris, Pedro Bogas, que frisou que o protocolo de manutenção “foi escrupulosamente cumprido”.

Depois de várias notícias que davam conta de que o contrato para a manutenção dos ascensores teria terminado no passado domingo, 31 de agosto, a Carris emitiu um novo comunicado, pelas 23 horas, garantindo que não houve interrupção no serviço. 

A empresa afirmou que “tem em vigor um contrato de manutenção para os ascensores e elevador de Santa Justa, não tendo existido qualquer interrupção no serviço de manutenção a estes equipamentos”, acrescentando que “foi celebrado um novo contrato que está em vigor desde 01 de setembro de 2025”. 

No mesmo documento, a Carris lamenta “a tragédia para as vítimas, para a cidade e para todos os que trabalham na empresa”. Refere ainda que nos 136 anos de operação do Ascensor da Glória, a segurança tem sido “pilar essencial das suas operações, com os mais exigentes protocolos”. Termina a sublinhar que será agora necessário apurar as causas “antes de quaisquer especulações”. 

O acidente terá sido causado por “um cabo que se soltou” na estrutura da composição do elevador, confirmou uma fonte do Regimento dos Bombeiros Sapadores de Lisboa ao “Observador”. Já Fernando Nunes da Silva, ex-vereador da Câmara de Lisboa e especialista de engenharia comentou, à SIC Notícias, que “o mais provável é que se tenha quebrado o cabo de tração e ao quebrar-se esse cabo os freios não funcionaram”.

A Proteção Civil mobilizou 62 operacionais e 22 meios terrestres. O Ministério Público já revelou que vai abrir um inquérito ao acidente e brigada de homicídios foi também chamada para investigar a situação, avança a CNN. 

Elevadores do Lavra parados nesta quinta-feira, 4 de setembro.

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