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O regresso explosivo e eletrizante de Judas Priest a Portugal

Três décadas após a estreia, a banda voltou ao País para atuar no festival Evil Live. Foi bem intenso.

Em 1998, os Judas Priest davam o seu primeiro concerto em Portugal, no então chamado Dramático de Cascais, ao lado de nomes como Pantera e Annihilator. O disco “Pain Killer” tinha acabado de ser editado, o grupo de heavy metal vivia uma das suas melhores fases e o fervor do público português deu início a uma relação profunda com a banda.

Mais de três décadas depois, os britânicos regressaram ao nosso País para viver um momento com a mesma paixão. Desta vez, subiram ao palco do Estádio do Restelo, em Lisboa, para encabeçaram a primeira noite do festival Evil Live, que arrancou esta sexta-feira, 27 de junho. 

A profecia cumpriu-se com o quinteto, originário de Birmingham, no Reino Unido, a preparar um desfile de clássicos intemporais que deixaram todos os fãs a cantar, bem como temas do novo disco, “Invincible Shield”. A noite, porém, foi sobretudo dedicada à comemoração dos 35 anos do disco “Painkiller”, que se tornou um dos mais aclamados do género.

A noite começou logo com uma surpresa, uma vez que o alinhamento arrancou com uma faixa que não costuma ser incluída nos espetáculos da banda. Falamos de “All Guns Blazing”, na qual o vocalista Rob Halford, de 73 anos, mostrou que a idade não afetou assim tanto a técnica dos seus falsettos.

Seguiram-se momentos de comunhão com o público graças a refrães que permitiram que todos ali presentes cantassem em coro, como “Hell Patrol” ou “You’ve Got Another Thing Comin’, por exemplo.

Houve ainda espaço para ouvir alguns dos novos temas. “The Serpent And The King” e “Giants In The Sky” são apenas dois dos exemplos que mostram que, nos trabalhos mais recentes, os Judas Priest continuam explosivos, com riffs eletrizantes e refrões que ficam no ouvido.

O destaque vai, claro, para os sete temas que o grupo decidiu tocar para celebrar “Pain Killer”. O clímax chegou durante “One Shot At Glory”, graças aos efeitos visuais, mas não faltou intensidade no momento de tocar faixas como “Metal Meltdown”, “Night Crawler” ou “A Touch of Evil”. A canção que dá nome ao álbum foi um dos momentos altos da noite.

No final, houve ainda tempo para um encore que contou com “Electric Eye”, “Hell Bent for Leather, com Halford a surgir em cima de uma Harley Davidson, e “Living After Midnight”, a escolhida para fechar a noite. Quando chegou a hora da despedida, a plateia continuava a cantar em coro com a mesma euforia com que começou a festa.

Carregue na galeria para ver mais imagens do concerto de Judas Priest no Estádio do Restelo.

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