A segunda temporada de “Space Force”, criada por Steve Carell e Greg Daniels, estreou na Netflix a 18 de fevereiro. À semelhança do que aconteceu na primeira parte da história, a produção norte-americana volta a fazer referência a Portugal, desta vez num diálogo entre Erin Naird, personagem de Diana Silvers, e o General Mark R. Naird (Steve Carell). A conversa acontece nos momentos iniciais do sétimo episódio.
Quando a filha revela ao pai que acha que devia ir viver para Portugal, ele responde: “Isto vai parecer um pouco xenófobo, mas Portugal é horrível. Um sítio péssimo, do pior”. Trata-se de uma clara tentativa de a demover da ideia de viajar para longe dele, até porque “há excelentes trilhos de caminhada a 30 quilómetros” da base.
Na primeira temporada, contudo, a referência a Portugal surge logo no primeiro episódio, quando o general discursa sobre o regresso do Homem à Lua e revela o slogan escolhido pelo presidente norte-americano. “Botas na Lua! E apesar de isto consistir numa missão internacional, conjugando as melhores e mais brilhantes mentes do planeta, garanto-vos que serão botas americanas. Botas com pés americanos, quero dizer. Não temos a certeza onde as botas serão feitas. Talvez no México, talvez em Portugal. Estamos a receber candidaturas. Mas uma coisa é certa. As botas terão os nossos pés lá dentro”, diz o protagonista da série.
Quando estreou na Netflix, “Space Force” parecia destinada ao sucesso. A série é uma sátira ao investimento do antigo presidente norte-americano, Donald Trump, na criação de uma unidade no exército dos Estados Unidos focada na defesa espacial. A verdade é que, grande parte da crítica (leia a da NiT) especializada e dos fãs — que estavam à espera de um “The Office” passado no espaço — ficaram desapontados com o resultado final, mas isso não impediu a série de ser renovada para a segunda temporada.
No seu retornou à plataforma de streaming, a produção mostra, num registo quase meta, a preocupação da Space Force em justificar a sua existência no contexto governamental americano. Isso provocou um feedback mais positivo da crítica, que argumenta haver uma aproximação ao desejado registo minimalista de “The Office”.