LET'S ROCK“Nada, nada, nada.” Ricardo Benedito é peremptório quando a NiT lhe pergunta sobre que mudanças poderemos esperar no Zé Manel dos Ossos, a icónica tasca de Coimbra, agora sob a sua gestão.
O chef do Eliseu dos Leitões – com dois espaços em Lisboa que prometem levar a Bairrada à capital — é, desde o início de junho, o homem responsável por guardar a tradição da tasca mais famosa de Coimbra. Uma história que começa com a morte do antigo proprietário, José Mário Simões, que faleceu repentinamente no início de 2023.
Tal como havia acontecido consigo, que herdou o negócio do dono original, José Manuel Ribeiro Franco, a exploração foi entregue a dois dos seus mais antigos funcionários, que mantiveram o funcionamento até à semana passada, altura em que a gerência passou para Ricardo Benedito.
A casa fundada em 1959 continua nas mãos da mulher de José Mário Simões, que agora delegou no chef de Coimbra a responsabilidade de “manter vivo o legado” do negócio.
“Recebemos as chaves na segunda e abrimos na quinta. Ainda não parámos”, explica à NiT Ricardo Benedito. “Tenho a receita do molho secreto, que vamos manter, tal como vamos manter a feijoada de javali, as barriguinhas, os cogumelos emporcalhados, o bacalhau na brasa, a sardinha quando a há — e o vomitado, a sobremesa que não é mais do que um doce de amêndoa.”
“Queremos manter tudo tal e qual como está. É uma das poucas tascas da cidade que se mantém intacta. Não fizemos obras nenhumas nem vamos fazer”, conclui.
A casa de pasto nascida há mais de 60 anos ficou conhecida pelo nome do dono e pelo famoso prato de ossos do espinhaço. A tasca do Zé Manel dos Ossos passou para as mãos de Mário Simões em 2018, após a morte do fundador. Além dos célebres ossos, o espaço manteve a traça original e nas paredes ainda sobrevivem as centenas de mensagens deixadas pelos clientes, em pequenos pedaços de papel rasgados dos individuais das mesas.
Saiba mais sobre este restaurante na reportagem da New in Coimbra.
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